segunda-feira, 14 de março de 2011

É MUITO SHOW!

Amados, estive na semana de carnaval visitando uma igreja, foi bom; é, pude ouvir uma boa mensagem ministrada pelo segundo pastor da mesma. No dia posterior, um amigo e irmão em Cristo me perguntou: O que você está achando da igreja? (isso por ja ter a visitado por quatro vezes). Então depois de relutar para responder, disse-lhe: Amado, ouça com atenção o que vou lhe dizer, o culto foi bom, mas foi inevitável reparar algumas coisas na liturgia e foi isso que me levou a uma reflexão mais intença no decorrer do culto que você percebeu. Estava muito bom o período do louvor, passou então a retirada da oferta e aí a ministração da palavra, que foi muito edificante, sóbria e de muita eficaz, mas minha crítica está justamente aí, foi uma grande ministação para durar apenas 35 minutos, estava muito envolvente as colocações do pastor para ser tão breve assim, como se nesse período as almas quizessem mais e mais daquele alimento espiritual. Então, pude perceber que no momento em que foi falado sobre ofertar, o pastor da mesma dedicou 25 minutos para tal, e o decorrer do culto foram dedicados 2 horas de louvores em sua melhor performace, com seus jogos de luzer a leizer, fumaças, canhões de luzes e instrumentos bons e novos. Não sou do tipo que reprova esses aparatos nem sou contra a tecnologia nos cultos, disse ao amigo, mas a questão é a prioridade que está sendo dada as almas que estão nas igrejas. É muito show e pouca palavra e oração! As vidas em busca de Cristo estão cada vez mais se afastando devido aos sacerdotes que estão a frente de seus rebanhos, e talvez esquecendo da grande prestação de contas que irão dar ao Senhor. São muitas as preocupações em manter as vidas dentro das igrejas sem se quer preocuparem com a genuína forma de liga-los à Cristo, ou seja, através da palavra e oração. Aquele culto me fez pensar assim, uma mensagem que poderia ser mais explorada e mais aplicada aos corações, uma mensagem que poderia levar os membros naquele momento a orarem por suas vidas sentindo-se mais pertos de Deus, um momento em que a palavra se converteria em experiências reais e imediatas promovendo um milagre autêntico naquele momento e o que percebi foi que ao término do culto, muitas pessoas saíram para retomar suas vidas e talvez poderiam precisar do que não puderam receber naquele culto. E isso não consigo aceitar bem, como cultuante vejo bem claro que a intenção não é essa, ou as prioridades são totalmente outras promovendo assim um cristianismo nocivo as vidas que de fato querem Deus em sua plenitude.
Na verdade, penso que diretrizes como esta só podem ser um pouco de medo de perder ovelhas, pois, há pastores que fazem de tudo para isso não acontecer, até mudarem sua forma de servir ao Senhor, pois, o que está em jogo é ter uma igreja cheia, e ter um bom relacionamento com a membresia, mesmo que para isso tenham que abrir mão de alguns valores. O fato é que as igrejas de uma certa forma estão cada vez mais dentro deste critério: "Concorrer com o mundo", colocando em suas dependências tudo que for possível, para igualar ao mundo. Essa mentalidade não é de todo malígna, se por uma vez fazerem prevalecer o altíssimo valor da boa e sã palavra e uma vida de oração, então penso que não há problemas, mas quando se muda a liturgia ou a visão dizendo-se estrategistas para ganharem vidas para o reino, e mantém a visão dos espetáculos, artistas no lugar de adoradores, palestrantes ao invés de ministros, aí sim tenho que dar minha participação contestando contra esses visionários laodicences, que afastam as pessoas de Cristo aprossimando-as de um cristianismo espetacular, onde a estrela que brilha não é a Estrela da manhã.

Algumas, ou muitas vezes, também penso que a culpa não seria somente desses pastores. Tenho visto em todo Brasil as mensagem aplaudidas pelo público são as mensagens que giram em torno de: Vitórias, Promessas, Prosperidades, Conquistas entre outras, o que dá para entender é que não se quer mais ouvir falar de outro assunto, ou não será aceito outro tipo de mensagem, as igrejas estão cheias de campanhas de prosperidades, campanha da vitória. Até agora não vi e nem ouvi nenhum tipo de divulgação sobre a campanha da santidade, ou culto do fruto do espírito. Vejo que certos assuntos estão fora de moda no cristianismo atual. É por isso que posto esse artigo para deixar registrado que tipo de culto estamos prestando ao Senhor em nossas igrejas no Brasil, até então chamado e reconhecido no mundo como o celeiro missionário, pensemos a respeito, e como membro ou obreiro você tem a responsabilidade de chamar a atenção de quem estiver à frente de seu ministério pois os pastores não são auto-suficientes e não são vice-Deuses, no Evangelho de Cristo todos somos responsáveis uns pelos outros.

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